Tão pequenina, uma linda
O sonho de vária das mãe, uma menina
Uma filha mulher pra tecer, pra trocar, pra tirar da solidão que existe lá
Mães sofrem em silêncio há tanto tempo
Nem todas tem a casa com equilíbrio no sustento
As vezes naquela mais bela mansão
Uma rotina de dor vai tecendo esse refrão
Não é emprego, nem é profissão
Mãe é mãe e a minha chora no caixão
Ceis não sabe o que é favela
Ceis nunca moraram nela
Ceis vivem as suas vidas e ainda criticam elas... as mães... jovens
As filhas
Nascer pra ser feliz, não só pegar barriga…
Mãe solteira, obesa, de periferia, professora de escola pública, o alvo do dia
Filha de um preto com uma nordestina
O que pra vocês é vitimismo, pra nós, é nossa vida
Abandono e o descaso são temperos deste coração
Eu prometi que ia ser rico e cuidar dos meus irmãos
Cuidar da minha irmã, agora só em prece
Ela não tá mais aqui... é que esse mundo não te merece

Eu vou ganhar dinheiro, mãe
Porque é só assim que eles respeitam a gente
(Mas pensar assim, Criolo, não é vitória do sistema, tio?)
(Da onde eu vim, fi, sempre é vitória do sistema. Cê tá em Nárnia, criança?)
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