[Letra de "DCAC - de César a Cristo" com Zudizilla & Luciane Dom]
[Verso 1: Zudizilla]
Autoridades exigem respeito à força
Sob o disfarce de respeito é medo imposto à força
A lei da inércia é movimento que corresponde à força
E me diz quem tem mais força:
O menor com fome na febre ou um braço que segura a bolsa?
O impulso que precisava no muro, eles bagunça o bolso
Na busca do flagra e ele só tinha 11
Não tinha 12 e nem passagem
Não passava de um futuro promissor da quebrada que tinha uma pá de sonhos
E para aquém da vaga de vapor que aguardava na esquina
Estuda pra ter outra vida
Já quе a mãe não crê na virada e o pai que não vinha
Pra sabеr se tava na rota do crime, o radar que capta as mente rápida que cedo se adapta
Tava armada a armadilha racista
Desde antes de uma ficha criminal
Do caos que traz o pôr-do-sol e a guerra com a quebra de cima
Desde bem antes do falso messias de cargo presidencial e das relações trabalhistas
Ou privilégios machistas patriarcais
Ou de entender que ser criança é outra fita, racista
Ou de saber que a África é berço da Matemática e Medicina
Ah, se soubesse que já foi rei um dia
Se houvessem outros exemplos na vila bem antes dos 157 e os trafica, racista?
Antes já ouvira que preto e banco de réu combina
Ante ao fracasso no tranco burlando as regras que deram
Foi controverso até no que era desonesto
E mantinha laços estreitos e as promessas mais honestas com o céu
Coloriu a tela com cores que não existia
Fez formas abstratas
Fez congelar o inferno
Teve fases como interno
E meses entre a cruz e a espada
Fez o império de César com a coragem pra ser visto a cada sacrifício dado, e a carne pros seus inimigos
Glória à mãe que viu tornar-se homem pelo mais divino axé
Com a paixão que hoje salva a fé de outros que vão indo a pé
Perdidos pela estrada que o homem branco construiu
Prova que Cristo é preto
Que isso é preço
Que isso é um peso
Que isso é um terço do que fiz pra chegar onde o fim é um começo
Me sinto preso na imensidão
Tá dentro de mim mesmo, é um labirinto
Uns saem César, outros saem Cristo
Sem memória, sem história
Começo agora a reler meus escritos
Minha trajetória e minha face tão notória
Nessa falsa Europa, serei Zulu que retorna
E vai de César a Cristo
[Verso 1: Zudizilla]
Autoridades exigem respeito à força
Sob o disfarce de respeito é medo imposto à força
A lei da inércia é movimento que corresponde à força
E me diz quem tem mais força:
O menor com fome na febre ou um braço que segura a bolsa?
O impulso que precisava no muro, eles bagunça o bolso
Na busca do flagra e ele só tinha 11
Não tinha 12 e nem passagem
Não passava de um futuro promissor da quebrada que tinha uma pá de sonhos
E para aquém da vaga de vapor que aguardava na esquina
Estuda pra ter outra vida
Já quе a mãe não crê na virada e o pai que não vinha
Pra sabеr se tava na rota do crime, o radar que capta as mente rápida que cedo se adapta
Tava armada a armadilha racista
Desde antes de uma ficha criminal
Do caos que traz o pôr-do-sol e a guerra com a quebra de cima
Desde bem antes do falso messias de cargo presidencial e das relações trabalhistas
Ou privilégios machistas patriarcais
Ou de entender que ser criança é outra fita, racista
Ou de saber que a África é berço da Matemática e Medicina
Ah, se soubesse que já foi rei um dia
Se houvessem outros exemplos na vila bem antes dos 157 e os trafica, racista?
Antes já ouvira que preto e banco de réu combina
Ante ao fracasso no tranco burlando as regras que deram
Foi controverso até no que era desonesto
E mantinha laços estreitos e as promessas mais honestas com o céu
Coloriu a tela com cores que não existia
Fez formas abstratas
Fez congelar o inferno
Teve fases como interno
E meses entre a cruz e a espada
Fez o império de César com a coragem pra ser visto a cada sacrifício dado, e a carne pros seus inimigos
Glória à mãe que viu tornar-se homem pelo mais divino axé
Com a paixão que hoje salva a fé de outros que vão indo a pé
Perdidos pela estrada que o homem branco construiu
Prova que Cristo é preto
Que isso é preço
Que isso é um peso
Que isso é um terço do que fiz pra chegar onde o fim é um começo
Me sinto preso na imensidão
Tá dentro de mim mesmo, é um labirinto
Uns saem César, outros saem Cristo
Sem memória, sem história
Começo agora a reler meus escritos
Minha trajetória e minha face tão notória
Nessa falsa Europa, serei Zulu que retorna
E vai de César a Cristo
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