[Letra de "Inácio da Catingueira" com Emicida]
[Intro]
Eles vão fazer de tudo para que você reaja. Se você responder a um palavrão com outro palavrão, eles só vão ouvir o seu. Ouse responder a um soco com outro, eles vão dizer: "Ó' lá, o negrinho perdeu a cabeça, eu disse que ele não servia para isso." O inimigo e seus lacaio vêm com tudo, joga sujo, e você não pode simplesmente reagir com a mesma baixeza. A gente ganha mostrando em campo, correndo, marcando, nosso povo precisa de gol, de virar o jogo, não de polêmica. E alcançamos a vitória fazendo isso em campo, não batendo boca fora dele. Ganhamos se o mundo se convencer de duas coisas: que você é um bom cavalheiro e é um ótimo jogador. Zica, vai lá!
Laboratório Fantasma, 2018
[Verso 1]
Atraio câmeras, takes, tipo tragédia
Efêmera, fama era fake e esses comédia
Focado num padrão, tipo o DEIC, com inveja
De quem vem sem patrão, sem padrinho, sem média
Vim classe, black tie, check, tio
Adubo e o rap sai no finesse igual Black Rio
No impasse, a track vai, moleque, viu
Tudo que um black faz dá estresse; compete, frio
De rima epidêmica à tese acadêmica
Nome da década, cada passo, uma polêmica
Dos cabeça de escravo até a militância anêmica
Minha trajetória é real, a de vocês é cênica
Cínica, cômica, quer alvoroço
Precisa dos preto fodido com grilhão no pescoço
Pois o gueto só é real se tiver roendo osso
Cadê os neguim que devia tá no fundo do poço?
E eu sou patente alta, bigode grosso
A favela no peito e o condomínio no bolso
Excelência em pauta, longe do fosso (entendeu?)
As mente incauta não digere o caroço
Mas foda-se, desci pra pista
Com um Nike pra cada merda que o Lobão diz
E eles diz que sou comunista
Cês num precisa de palco, precisa de analista
Eu vim da Rinha e sem talco, berço dos terrorista
Mandando bronca, tô pra destroncar
Tombei tantos que quase viro Emicida Conká
Se eles arma bloqueio, a gente saca pra desmontar
Por que eu num respondi os otários? Digo agora, bom, tá:
Num país onde os politico diz o que diz
Essas porra de diss pra mim é igual Bee Gees
Fofinho, querendo confete
No fim das conta é a mema merda
Só o sistema brincando de marionete (Tem que manter isso, viu?)
[Intro]
Eles vão fazer de tudo para que você reaja. Se você responder a um palavrão com outro palavrão, eles só vão ouvir o seu. Ouse responder a um soco com outro, eles vão dizer: "Ó' lá, o negrinho perdeu a cabeça, eu disse que ele não servia para isso." O inimigo e seus lacaio vêm com tudo, joga sujo, e você não pode simplesmente reagir com a mesma baixeza. A gente ganha mostrando em campo, correndo, marcando, nosso povo precisa de gol, de virar o jogo, não de polêmica. E alcançamos a vitória fazendo isso em campo, não batendo boca fora dele. Ganhamos se o mundo se convencer de duas coisas: que você é um bom cavalheiro e é um ótimo jogador. Zica, vai lá!
Laboratório Fantasma, 2018
[Verso 1]
Atraio câmeras, takes, tipo tragédia
Efêmera, fama era fake e esses comédia
Focado num padrão, tipo o DEIC, com inveja
De quem vem sem patrão, sem padrinho, sem média
Vim classe, black tie, check, tio
Adubo e o rap sai no finesse igual Black Rio
No impasse, a track vai, moleque, viu
Tudo que um black faz dá estresse; compete, frio
De rima epidêmica à tese acadêmica
Nome da década, cada passo, uma polêmica
Dos cabeça de escravo até a militância anêmica
Minha trajetória é real, a de vocês é cênica
Cínica, cômica, quer alvoroço
Precisa dos preto fodido com grilhão no pescoço
Pois o gueto só é real se tiver roendo osso
Cadê os neguim que devia tá no fundo do poço?
E eu sou patente alta, bigode grosso
A favela no peito e o condomínio no bolso
Excelência em pauta, longe do fosso (entendeu?)
As mente incauta não digere o caroço
Mas foda-se, desci pra pista
Com um Nike pra cada merda que o Lobão diz
E eles diz que sou comunista
Cês num precisa de palco, precisa de analista
Eu vim da Rinha e sem talco, berço dos terrorista
Mandando bronca, tô pra destroncar
Tombei tantos que quase viro Emicida Conká
Se eles arma bloqueio, a gente saca pra desmontar
Por que eu num respondi os otários? Digo agora, bom, tá:
Num país onde os politico diz o que diz
Essas porra de diss pra mim é igual Bee Gees
Fofinho, querendo confete
No fim das conta é a mema merda
Só o sistema brincando de marionete (Tem que manter isso, viu?)
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