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Plena Questão - Dillaz
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Plena Questão Dillaz

Plena Questão - Dillaz
[Verso 1]
Gostava de poder acabar com esse fogo que te queima
Queimar, apostar, voltar a tentar só para tirar a teima
Mas eu... às vezes começo a pensar, como este meu mundo estiver
Vou continuar a tentar, aí seja o que deus quiser
E todo o terreno que eu piso
Em pleno de terra ou de feno em vão
Mantém-me sereno por fora ou por dentro
É tudo uma plena questão de tempo
Eu luto com o meu pensamento, confesso às vezes não aguento
Dá-me uma raiva, um sentimento, mantenho a calma e concentro
E chego a dizer o que ninguém diz
Porque a vida não me dá fodas mas mostra-me fetiches
Mil e uma taras e manias, como é que eu vou ser feliz?
Talvez querer o que nunca quis, tentar fazer o que nunca fiz
Eu sei que por vezes errei, exagerei, senta-te e diz
A linda flor que te dei, não a matei, foi por um triz
Agora sinto-me um capricho, eu sinto que não valho a pena
A ave que me dava asas perdeu o piu, perdeu as penas
E se te dei foi porque me deste, contigo falhei, comigo fizeste
'Tou louco com o calor que aqui chegue e se despe
Mas quando abre a boca, cala-te e veste
Amor é muito mais que uma foda, é perceber o que incomoda
Não ser uma planta sem poda, andar numa estrada sem rodas
Tudo porque...
Tu vês o caminho que andaste para trás e é desilusão
Tu vês muita escada mas não vais descer pois não tens corrimão
Tu não vais para o frio sem ter um blusão
Tu não vais para a guerra sem ter munição
Não vais ser gato com vida de cão
Não vais ser rico sem teres um cifrão, não, não
Não quero ser mais um no meu bairro sentado à espera da morte
Eu quero ir para o mundo de sorte
Onde aquele que nasce não morre
Abraçar quem lá teve e nunca correu
Olhar para o meu tropa sentir que é dos meus
Sentir pensamentos, cada um tem os seus
Sentir quem é money e cagar para os teus, brotha
Andaste comigo na escola passaste por mim já não me conheceste
Eu continuo o mesmo, puto André, tu é que não aprendeste
Achavas que eu tava na merda à pala de no passado ser um reguila
As coisas mudaram, os anos passaram, até já me chamam de Dillaz
Muito tropa que se faz de irmão
Roubam-te o pés se lhes deres a mão
Baixam-te a tampa do alçapão, roubam-te a luz fica a escuridão
E levas chapada, vinda do nada porque perdeste
Se algum dia lutaste e se ganhaste, brother foi porque mereceste
Não deixes que bocas te gozem
Porque viram a tua primeira queda
Se algum dia dormires na rua
Não vão ser eles que lá vão pôr moeda
Aprende e liberta tenta aquilo que ninguém vai tentar
Tens que fazer, tropa faz hoje, amanhã pode não dar
Pode não dar, pode não dar, pode não dar
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