[Intro: Sabotage]
Ouça o que eu vou dizer
Axé, axé pros meus irmãos
E tem favelas, e tem favelas
[Verso 1: Elsa Soares (Sabotage)]
Quando você for convidado pra subir no adro da Fundação Casa de Jorge Amado
Pra ver do alto a fila de soldados, quase todos pretos
Dando porrada na nuca de malandros pretos
De ladrões mulatos e outros quase brancos
Tratados como pretos
Só pra mostrar aos outros quase pretos
E são quase todos pretos
(Morô, mano?)
E aos quase brancos pobres como pretos
Como é que pretos, pobres e mulatos
E quase brancos quase pretos de tão pobres são tratados
(Pode acreditar. Quem é, compreende)
E não me importa se o ódio do mundo inteiro
Possam estar por um momento voltados para o largo
Onde os escravos eram castigados
E hoje o batuque
O batuque com a pureza de meninos uniformizados
De escola secundária em dia de parada
E a grandeza épica de um povo em formação
Nos atrai, nos deslumbra e estimula
(Pode acreditar)
Não importa nada:
Nem o traço do sobrado
Nem a lente do Fantástico
Nem o disco de Paul Simon
Ninguém, ninguém é cidadão
(Morô, mano?)
Se você for a festa do Pelô
E se você não for
Pense no Haiti, reze pelo Haiti
Ouça o que eu vou dizer
Axé, axé pros meus irmãos
E tem favelas, e tem favelas
[Verso 1: Elsa Soares (Sabotage)]
Quando você for convidado pra subir no adro da Fundação Casa de Jorge Amado
Pra ver do alto a fila de soldados, quase todos pretos
Dando porrada na nuca de malandros pretos
De ladrões mulatos e outros quase brancos
Tratados como pretos
Só pra mostrar aos outros quase pretos
E são quase todos pretos
(Morô, mano?)
E aos quase brancos pobres como pretos
Como é que pretos, pobres e mulatos
E quase brancos quase pretos de tão pobres são tratados
(Pode acreditar. Quem é, compreende)
E não me importa se o ódio do mundo inteiro
Possam estar por um momento voltados para o largo
Onde os escravos eram castigados
E hoje o batuque
O batuque com a pureza de meninos uniformizados
De escola secundária em dia de parada
E a grandeza épica de um povo em formação
Nos atrai, nos deslumbra e estimula
(Pode acreditar)
Não importa nada:
Nem o traço do sobrado
Nem a lente do Fantástico
Nem o disco de Paul Simon
Ninguém, ninguém é cidadão
(Morô, mano?)
Se você for a festa do Pelô
E se você não for
Pense no Haiti, reze pelo Haiti
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