[Refrão: E.se]
Epicurismo dá-me a receita para esta vida
Para não temer o instante em que ela fina
Para esquecer quando abraço os meus
O momento em que eles me deixam para subir para os céus
[Verso 1: E.se]
Fixo a esta farsa, o tempo não pára
Eu vivo esse impasse
Não ter sossego, ao ver o enredo
E saber que tem o seu prazo
Que quem abriga, é tecto a família
Não está para sempre na vida
Dura essa sina, Cronos assassina
Soldado ao fim e a saudade não fina
Como relaxo este espírito?
Finjo estar pleno e ser cínico?
Cénico enceno um ar terreno e sereno
Freno o meu corpo se o medo envenena e eu gangreno
E o que se passa atrás da vidraça
(É meu mesmo)
Cai me a desgraça e me amordaça
(Eu escondo sempre)
Ricardo Reis sou dessa raça
(Para mim escrevo)
Estoicismo para aguentar esta caça
(Caneta treme)
No templo perdido, ando sozinho à procura dessa taça
Indiana contido, o cálice bebido
Mas a vida ela embaça
Agonio, desmoralizo, se sou conciso e penso no destino
Se sou objectivo, se sou preciso
Porque no fim estarei sozinho
Então dá-me essa paz, que só a Matilde me traz
Essa companhia só o meu avô fazia
Dá-me o humor que a minha avó continha
Ao abrigo do meu pai onde me vejo tão bem
Não há melhor victan que a voz da minha mãe
São pedras basilares onde eu me agarro bem
Se perco a vista ao rumo e caio neles eu vejo bem
Epicurismo dá-me a receita para esta vida
Para não temer o instante em que ela fina
Para esquecer quando abraço os meus
O momento em que eles me deixam para subir para os céus
[Verso 1: E.se]
Fixo a esta farsa, o tempo não pára
Eu vivo esse impasse
Não ter sossego, ao ver o enredo
E saber que tem o seu prazo
Que quem abriga, é tecto a família
Não está para sempre na vida
Dura essa sina, Cronos assassina
Soldado ao fim e a saudade não fina
Como relaxo este espírito?
Finjo estar pleno e ser cínico?
Cénico enceno um ar terreno e sereno
Freno o meu corpo se o medo envenena e eu gangreno
E o que se passa atrás da vidraça
(É meu mesmo)
Cai me a desgraça e me amordaça
(Eu escondo sempre)
Ricardo Reis sou dessa raça
(Para mim escrevo)
Estoicismo para aguentar esta caça
(Caneta treme)
No templo perdido, ando sozinho à procura dessa taça
Indiana contido, o cálice bebido
Mas a vida ela embaça
Agonio, desmoralizo, se sou conciso e penso no destino
Se sou objectivo, se sou preciso
Porque no fim estarei sozinho
Então dá-me essa paz, que só a Matilde me traz
Essa companhia só o meu avô fazia
Dá-me o humor que a minha avó continha
Ao abrigo do meu pai onde me vejo tão bem
Não há melhor victan que a voz da minha mãe
São pedras basilares onde eu me agarro bem
Se perco a vista ao rumo e caio neles eu vejo bem
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