O Bicho Papão Um Barril de Rap

[Verso1: Sampa]
No pique gangsta
Vagabundo mil grau, negô
Quem compra a trama da dama que trampa lá no beco
Eu sou da BOCA aqui ninguém dá brecha
Quem fechou com os bico tá fodido abraça ideia, vai
Me fale o porquê dessa farda que pensa na pátria acima de nós
Me mate ao dizer que essa causa não vale minha alma, vale minha voz
Mas
Vão tramar, me caçar pra tentar me calar e eu não posso deixar de dizer
Vão tomar, derrubar pra forjar, dominar toda forma que lhes der poder
E
Já nem sei se, tudo aqui é como deve ser mas
Já notei que toda fé é onde posso obter paz
Eu procuro a saída pra cura da vida no meio da fuga do caos
E a face de um homem caído me lembra que nem todo tiro é ponto final
(Tey, tey, tey)
(Tey, tey, tey)

[Verso 2: Yank]
E eu sou mais um alfaiate afoito, solto em meio aos lobos
Me viro nos trinta sem ter trinta, e ainda 12/8
O olho não é por onde eu olho o ódio
Eu não vejo o tempo pelos ponteiros
Eu adentro as engrenagens do relógio
E zôo seu jogo metódico, hipócrita, ilógico
Tô tipo WOW sem controlador de voo nesse zoológico
Um tópico: rebeldia ou criação?
Porque o homem impressiona com sua inteligência e sua podridão
Por isso eu me vejo em reflexão
A minha influência é minha intuição
Então minhas decisões não têm explicação
E eu não me envergonho das minhas atitudes
Saca só é o portfólio da nossa juventude, não me assusta
As máquina' de costurar não vão me ofuscar
Perdi a linha num bolo de agulha
E vim pra buscar meu lugar na música
Descalço em campo, brincando
E o trampo de malandro é prêmio Puskas
E a rede fura
Tô com a loucura no clinch
Gozando dentro dos beats
E amanhã eu compro uma pizza do dia seguinte, vixe