[Intro]
Valeu Lakers
Valeu Código Fatal pela oportunidade de contar essa história aqui Morô, mano?
Aí!
[Verso 1: Emicida]
1-9-8-5, start, é quente
Ali, Tucuruvi, Hospital Presidente
Encabrero a espera do parto
Minha gente na porta do quarto
Um choro, de repente os abraço
Riso, palhaço, a fé dos crente
Bençãos e bençãos e bençãos, luz somente
Um novo destino, contente a freira diz sorrindo:
"Parabéns, papai. É um menino"
9h e pouco da matina, brilha as retina
Até mais que o Sol cortando as persiana fina
Feliz Miguel repete: "Vai cuidar das minhas menina"
Um momento doce, como se fosse Cajuína
Melhor de Teresina, nas esquina ele, meu
Gritando um por um: "Aê, meu moleque nasceu!"
Seu amor renasceu, feliz malandro
A Jacira escolheu: "Vai se chamar Leandro"
Botando os dente com dois mês, medo
E a benzedeira disse: "Criança assim morre cedo"
Errou, mentiu, Oxalá consentiu
Tio, cresci falante, forte igual nunca se viu
Com a mente a mil, sorri, sem Colgate, sem Tandy
Um pequeno contando os causo de quando era grande
Família em caco, só me sentia fraco
Quando o olho parava no mofo no canto do nosso barraco
Vento levou os telhado, desgraça nunca é pouca
O peito acelerado, nóiz dentro do guarda-roupa
Vi onde o ódio nasce, onde se cria
Tapando o ouvido pra não ouvir o marido espancando minha tia
Era isso todo dia, ninguém faz nada
É foda sair pra brincar no sangue fresco da calçada
Recolhe o que sobrou, aqui não tem guarida
Fomos pra Vila Zilda, Furnas, lá depois da Ataliba
É solo fértil pro rancor, sem amor
Nóiz cinco embaixo de uma escada, num porão de favor
Ouvindo da família que deu vários milho:
"Largada, desempregada, ainda me vai e arruma filho"
Vida perdendo o brilho, a sós no trilho
Um barril de pólvora com o diabo acendendo o rastilho
Se aqui não tem santo, em nenhum canto
Eu contei um dia só, a assistente social vazou em pranto
Valeu Lakers
Valeu Código Fatal pela oportunidade de contar essa história aqui Morô, mano?
Aí!
[Verso 1: Emicida]
1-9-8-5, start, é quente
Ali, Tucuruvi, Hospital Presidente
Encabrero a espera do parto
Minha gente na porta do quarto
Um choro, de repente os abraço
Riso, palhaço, a fé dos crente
Bençãos e bençãos e bençãos, luz somente
Um novo destino, contente a freira diz sorrindo:
"Parabéns, papai. É um menino"
9h e pouco da matina, brilha as retina
Até mais que o Sol cortando as persiana fina
Feliz Miguel repete: "Vai cuidar das minhas menina"
Um momento doce, como se fosse Cajuína
Melhor de Teresina, nas esquina ele, meu
Gritando um por um: "Aê, meu moleque nasceu!"
Seu amor renasceu, feliz malandro
A Jacira escolheu: "Vai se chamar Leandro"
Botando os dente com dois mês, medo
E a benzedeira disse: "Criança assim morre cedo"
Errou, mentiu, Oxalá consentiu
Tio, cresci falante, forte igual nunca se viu
Com a mente a mil, sorri, sem Colgate, sem Tandy
Um pequeno contando os causo de quando era grande
Família em caco, só me sentia fraco
Quando o olho parava no mofo no canto do nosso barraco
Vento levou os telhado, desgraça nunca é pouca
O peito acelerado, nóiz dentro do guarda-roupa
Vi onde o ódio nasce, onde se cria
Tapando o ouvido pra não ouvir o marido espancando minha tia
Era isso todo dia, ninguém faz nada
É foda sair pra brincar no sangue fresco da calçada
Recolhe o que sobrou, aqui não tem guarida
Fomos pra Vila Zilda, Furnas, lá depois da Ataliba
É solo fértil pro rancor, sem amor
Nóiz cinco embaixo de uma escada, num porão de favor
Ouvindo da família que deu vários milho:
"Largada, desempregada, ainda me vai e arruma filho"
Vida perdendo o brilho, a sós no trilho
Um barril de pólvora com o diabo acendendo o rastilho
Se aqui não tem santo, em nenhum canto
Eu contei um dia só, a assistente social vazou em pranto
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