[Intro: Sample]
"Há de vir, uma chuva de amor para afugentar a dor (Pode crer)
Deste povo sofredor..."
[Ponte: Emicida]
Um sábio dizia que você deve comprar arroz e flores
Arroz para viver e flores para ter pelo que viver
[Verso 1: Emicida]
Vejo a alvorada no morro fazer par com a da vitrola
Como se eu tivesse dentro daquele samba do Cartola
As carola de camisola leva o pivete pra escola
Atravessa a rua na sola, interrompe quem joga bola
E quem olha só vê tudo acontecer
Conserva a pureza de ser normal, igual ninguém mais quer ser
As mina quer pôr roupa curta, rebolar no Faustão
Moleque quer largar a escola, fazer gol no Coringão
Tá tranquilo, esse estigma não afetou só a mim
Quando meu bisavô tinha dente, eles já pensava assim
E nem por isso o sonho de Luther King virou pó
Morre o homem, fica a esperança de um mundo melhor
Hoje as rima fala do espaço, alterando o curso do Nilo
Eu converso com as tia na fila que o pão agora é por quilo
Honro meu filo, como quem canta o que vive
João Nogueira na agulha sede outro combustível
Eu tive inclusive pensando ao debruçar na janela
Que enquanto buscam sentido pra vida eu vivo ela
Boto o boné pro lado, em protesto contra Donald Trump
Traço verso sossegado, igual os daquele som do Rump
É isso, assim mantenho meu compromisso
Minha índole não se encarde, à tarde a rima vem disso
As beleza me brinda, com a inspiração dos antigos
Tubaína no copo, a presença dos meus amigos
É só isso mesmo, pra que vaidade na indumentária?
Vou crendo nisso enquanto minha presença se faz necessária
Na Terra, as ideia brota dentro do busão
Patativa não fez medicina, mas tocou o coração
Quer mais que isso fi, que ver pobreza, descaso, agonia;
Respirar fundo, fechar o olho e soltar poesia?
Lá em casa nunca teve nenhum Home Theater Surround
Mas não é miséria, é que o bagulho lá é underground
"Há de vir, uma chuva de amor para afugentar a dor (Pode crer)
Deste povo sofredor..."
[Ponte: Emicida]
Um sábio dizia que você deve comprar arroz e flores
Arroz para viver e flores para ter pelo que viver
[Verso 1: Emicida]
Vejo a alvorada no morro fazer par com a da vitrola
Como se eu tivesse dentro daquele samba do Cartola
As carola de camisola leva o pivete pra escola
Atravessa a rua na sola, interrompe quem joga bola
E quem olha só vê tudo acontecer
Conserva a pureza de ser normal, igual ninguém mais quer ser
As mina quer pôr roupa curta, rebolar no Faustão
Moleque quer largar a escola, fazer gol no Coringão
Tá tranquilo, esse estigma não afetou só a mim
Quando meu bisavô tinha dente, eles já pensava assim
E nem por isso o sonho de Luther King virou pó
Morre o homem, fica a esperança de um mundo melhor
Hoje as rima fala do espaço, alterando o curso do Nilo
Eu converso com as tia na fila que o pão agora é por quilo
Honro meu filo, como quem canta o que vive
João Nogueira na agulha sede outro combustível
Eu tive inclusive pensando ao debruçar na janela
Que enquanto buscam sentido pra vida eu vivo ela
Boto o boné pro lado, em protesto contra Donald Trump
Traço verso sossegado, igual os daquele som do Rump
É isso, assim mantenho meu compromisso
Minha índole não se encarde, à tarde a rima vem disso
As beleza me brinda, com a inspiração dos antigos
Tubaína no copo, a presença dos meus amigos
É só isso mesmo, pra que vaidade na indumentária?
Vou crendo nisso enquanto minha presença se faz necessária
Na Terra, as ideia brota dentro do busão
Patativa não fez medicina, mas tocou o coração
Quer mais que isso fi, que ver pobreza, descaso, agonia;
Respirar fundo, fechar o olho e soltar poesia?
Lá em casa nunca teve nenhum Home Theater Surround
Mas não é miséria, é que o bagulho lá é underground
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