Valeu a pena a espera pelo Galanga Livre, Rincon Sapiência fez justiça ao potencial que vinha demonstrando ao longo dos anos.
Foram cerca de 3 anos de espera por este álbum, desde do EP SP Gueto BR (2014) que os fãs aguardavam ansiosamente pelo álbum de estréia do Rincon Sapiência. Durante este período o MC não ficou parado, foram muitas participações e nos últimos meses antes do lançamento, do fim de 2016 até o início de 2017, tivemos algumas faixas lançadas que colocaram este álbum como um dos mais esperados.Rincon Sapiência em imagem de divulgação do site oficial do MC
A jornada para o álbum começa com a faixa "Linhas de Soco", que como o nome diz, são punchlines atrás de punchlines em um verso envolvente do Rincon. Na sequência veio o carro chefe do álbum "Ponta de Lança (Verso Livre)", no mesmo estilo da faixa anterior, e que caiu nas graças do público do rap devido a qualidade ali apresentada.
Mais próximo do lançamento, Sapiência soltou três faixas com clipe que também foram muito bem recebidas pelo público. "A Cooisa Tá Preta", que logo se tornou um hino para representatividade, "Meu Bloco", um trap abrasileirado, e "Ostentação à Probreza", uma crítica social bastante contundente do MC.
Tudo isso combinado com as participações em "Poetas no Topo 3.1", "AFROnta" e "CyphAir Revolução" colocaram o nome do MC entre os mais comentados pelo público.Capa do álbum Galanga Livre
Galanga Livre é produzido pelo próprio MC com auxílio de Willian Magalhães (Banda Black Rio), combinação que deu muito certo, principalmente porque Rincon busca misturar rap com música africana, jamaicana e eletrônica, fazendo jus às raízes africanas que ele busca demonstrar em cada linha que compõe.
Confira abaixo os comentários e avaliações da equipe:A espera valeu a pena. Galanga Livre é recheado de originalidade assim como o próprio Rincon Sapiência. Diferente de outros MCs que atualmente buscam cada vez mais levadas e composições - algo que eu também aprecio bastante -, Danilo parece que vai no sentido contrário, muito do que faz surge da simplicidade da estrutura de seus versos e das espertas "linhas de soco" que ele incorpora em cada uma de suas linhas. Esta simplicidade se torna complexa quando MC aproveita este elemento para trabalhar na sua cadência e musicalidade, como faz muito bem em 'Benção', talvez a melhor faixa do álbum, na qual o MC fala das bençãos das coisas mais simples do nosso dia a dia, dentre elas a própria resistência cultural e negra. E falando de resistência, não podemos deixar de comentar que, apesar das faixas terem como principal temática a cultura negra e diversas críticas sociais, Rincon consegue incorporar estes assuntos em faixas bastante divertidas e dançantes. A produção mostra bem esta questão, indo do trap ao boom bap, do rock ao jazz, do samba ao afrobeat, sempre sem perder as características do próprio rap e com muita musicalidade africana. Fica difícil escolher alguma faixa para destacar, pois Sapiência acertou muito bem na seleção, além da própria "Benção" que já foi comentada, temos 'A Volta Pra Casa', que fala do dia a dia do trabalhador brasileiro, tanto da perspectiva da mulher quanto do homem, e 'Galanga Livre', que dá nome ao álbum e apresenta a mentalidade do personagem Galanga criado pelo próprio MC. Já estamos na metade do ano, ainda há trabalhos de peso para serem lançados, mas tudo indica que Galanga Livre pode ser o álbum do ano. - krayFoto retirada da reportagem da FolhaAutenticidade com certeza é a palavra certa a se usar para esse disco. O empoderamento negro se faz presente nas 13 faixas, adequando-se à forma inteligentíssima pelo qual Rincon harmoniza assuntos pesados com uma sonoridade leve e dançante, que vai do rock ao r&b, afrobeat, soul e funk, em uma produção própria, com exceção de 'Amores às Escuras'. Nele, os ouvidos se atentam aos debates contidos nas narrações que trazem o cotidiano do homem negro, enfatizando os relacionamentos, o racismo, a pobreza, o sentir-se negro e reconhecer-se negro, mesmo diante da carga pesada que esta palavra traz, como um choro que se perdura até a morte e, que para os negros, não cessou com o 'fim' da escravidão. Por isso os gritos e o pertencimento que Galanga Livre consegue trazer, desde a sua capa, pela figura de Rincon Sapiência. Dentre os muitos lançamentos até agora, não é de surpreender que este estará entre os melhores do ano. - RutheAvaliações:MembroNotaJVitorFelix9 Pellizzle8 Marta Barbieri8,5 LKSZZ8 Ruthe Maciel10 Igor França8,6 kray10 ramoshenrique7,5 ThiagoLeve8Henrique Marley9FelipeAdao8,5Valeu a pena a espera pelo Galanga Livre, Rincon Sapiência fez justiça ao potencial que vinha demonstrando ao longo dos anos. Com um álbum original e bem produzido, o MC paulista chega para se firmar como um dos nomes da cena atual e candidato fortíssimo ao álbum do ano de 2017.
Foram cerca de 3 anos de espera por este álbum, desde do EP SP Gueto BR (2014) que os fãs aguardavam ansiosamente pelo álbum de estréia do Rincon Sapiência. Durante este período o MC não ficou parado, foram muitas participações e nos últimos meses antes do lançamento, do fim de 2016 até o início de 2017, tivemos algumas faixas lançadas que colocaram este álbum como um dos mais esperados.Rincon Sapiência em imagem de divulgação do site oficial do MC
A jornada para o álbum começa com a faixa "Linhas de Soco", que como o nome diz, são punchlines atrás de punchlines em um verso envolvente do Rincon. Na sequência veio o carro chefe do álbum "Ponta de Lança (Verso Livre)", no mesmo estilo da faixa anterior, e que caiu nas graças do público do rap devido a qualidade ali apresentada.
Mais próximo do lançamento, Sapiência soltou três faixas com clipe que também foram muito bem recebidas pelo público. "A Cooisa Tá Preta", que logo se tornou um hino para representatividade, "Meu Bloco", um trap abrasileirado, e "Ostentação à Probreza", uma crítica social bastante contundente do MC.
Tudo isso combinado com as participações em "Poetas no Topo 3.1", "AFROnta" e "CyphAir Revolução" colocaram o nome do MC entre os mais comentados pelo público.Capa do álbum Galanga Livre
Galanga Livre é produzido pelo próprio MC com auxílio de Willian Magalhães (Banda Black Rio), combinação que deu muito certo, principalmente porque Rincon busca misturar rap com música africana, jamaicana e eletrônica, fazendo jus às raízes africanas que ele busca demonstrar em cada linha que compõe.
Confira abaixo os comentários e avaliações da equipe:A espera valeu a pena. Galanga Livre é recheado de originalidade assim como o próprio Rincon Sapiência. Diferente de outros MCs que atualmente buscam cada vez mais levadas e composições - algo que eu também aprecio bastante -, Danilo parece que vai no sentido contrário, muito do que faz surge da simplicidade da estrutura de seus versos e das espertas "linhas de soco" que ele incorpora em cada uma de suas linhas. Esta simplicidade se torna complexa quando MC aproveita este elemento para trabalhar na sua cadência e musicalidade, como faz muito bem em 'Benção', talvez a melhor faixa do álbum, na qual o MC fala das bençãos das coisas mais simples do nosso dia a dia, dentre elas a própria resistência cultural e negra. E falando de resistência, não podemos deixar de comentar que, apesar das faixas terem como principal temática a cultura negra e diversas críticas sociais, Rincon consegue incorporar estes assuntos em faixas bastante divertidas e dançantes. A produção mostra bem esta questão, indo do trap ao boom bap, do rock ao jazz, do samba ao afrobeat, sempre sem perder as características do próprio rap e com muita musicalidade africana. Fica difícil escolher alguma faixa para destacar, pois Sapiência acertou muito bem na seleção, além da própria "Benção" que já foi comentada, temos 'A Volta Pra Casa', que fala do dia a dia do trabalhador brasileiro, tanto da perspectiva da mulher quanto do homem, e 'Galanga Livre', que dá nome ao álbum e apresenta a mentalidade do personagem Galanga criado pelo próprio MC. Já estamos na metade do ano, ainda há trabalhos de peso para serem lançados, mas tudo indica que Galanga Livre pode ser o álbum do ano. - krayFoto retirada da reportagem da FolhaAutenticidade com certeza é a palavra certa a se usar para esse disco. O empoderamento negro se faz presente nas 13 faixas, adequando-se à forma inteligentíssima pelo qual Rincon harmoniza assuntos pesados com uma sonoridade leve e dançante, que vai do rock ao r&b, afrobeat, soul e funk, em uma produção própria, com exceção de 'Amores às Escuras'. Nele, os ouvidos se atentam aos debates contidos nas narrações que trazem o cotidiano do homem negro, enfatizando os relacionamentos, o racismo, a pobreza, o sentir-se negro e reconhecer-se negro, mesmo diante da carga pesada que esta palavra traz, como um choro que se perdura até a morte e, que para os negros, não cessou com o 'fim' da escravidão. Por isso os gritos e o pertencimento que Galanga Livre consegue trazer, desde a sua capa, pela figura de Rincon Sapiência. Dentre os muitos lançamentos até agora, não é de surpreender que este estará entre os melhores do ano. - RutheAvaliações:MembroNotaJVitorFelix9 Pellizzle8 Marta Barbieri8,5 LKSZZ8 Ruthe Maciel10 Igor França8,6 kray10 ramoshenrique7,5 ThiagoLeve8Henrique Marley9FelipeAdao8,5Valeu a pena a espera pelo Galanga Livre, Rincon Sapiência fez justiça ao potencial que vinha demonstrando ao longo dos anos. Com um álbum original e bem produzido, o MC paulista chega para se firmar como um dos nomes da cena atual e candidato fortíssimo ao álbum do ano de 2017.
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