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Geni E O Zepelim - António Zambujo
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Geni E O Zepelim António Zambujo

Geni E O Zepelim - António Zambujo
De tudo que é nego torto
Do mangue e do cais do porto
Ela já foi namorada

O seu corpo é dos errantes
Dos cegos, dos retirantes
É de quem não tem mais nada

Dá-se assim desde menina
Na garagem, na cantina
Atrás do tanque, no mato

É a rainha dos detentos
Das loucas, dos lazarentos
Dos moleques do internato

E também vai amiúde
Com os velhinhos sem saúde
E as viúvas sem porvir

Ela é um poço de bondade
E é por isso que a cidade
Vive sempre a repetir

Joga pedra na Geni
Joga pеdra na Geni
Ela é feita p'ra apanhar
Ela é boa de cuspir
Ela dá p'ra qualquеr um
Maldita Geni
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