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Pato Preto - Antônio Carlos Jobim
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Pato Preto - Antônio Carlos Jobim
O pato preto de asa branca
Já fez morada no brejão
Isso é sinal que a chuva vem
Que vai ter safra no sertão

O pato preto é da floresta
O paturi é do sertão
A minha vida é cardigueira
Avoante arribação

A minha vida é muito triste
A te esperar na solidão
Ah! se eu soubesse que era assim
Eu juro, eu não casava não

Eu vou me embora pra São Paulo
Vou arranjar uma viração
Depois te pego com as crianças
A sanfona e o violão

E os meninos tão bonitos
Inocentes do sertão
E a danada desta seca
Ai meu Deus que judiação

Leva nós lá pra São Paulo
Aqui não fico mais não
A minha vida é só tristeza
É desespero, é solidão
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