{Verso 1: Eduardo]
As nuvens são cortadas, por munição caçante
No arco-íris de são paulo, só vermelho sangue
Nem com tanque de guerra o boy ta seguro
É mitologia moderna, vigia muro
Vejo de perto a metamorfose, do cotidiano
Estudante se transformando num monstro que abre seu crânio
Tiazinha entende e deixar pôr a tampa do caixão
Frase corriqueira no campo de concentração
Ó só o sonho que ecoa, nas ruas de barro
O cofre do itaú com o gerente estraçalhado
Se pa só o tênis da vitrine
Evitaria o pivete de oitão no crime
No caixa eletrônico, esperando a chance
Pra te matar lentamente tipo aids, câncer
Me espantei com o que o menino, de 13 me conto
Da fita que rolou na mão que enquadrou o renault
A vitima em pânica foi puxar o freio de mão
Achou que era reação e bum, no coração
Toda mão no portão, alguém trás a notícia
Fulano tomou 8, trocando com a polícia
Outra mãe desesperada com foto do filho que sumiu
A única pista foi visto tomando, enquadro da civil
Sou pessimista aposto as fichas, no fim inevitável
Foi torturado e tá cheio de mosquito no mato
Recebi a carta, do truta de infância
Quer se enforcar na cadeia perdeu a esperança
O cenário de muro alto, cela, pm
Faz um estrago irreversível na sua mente
Eu também ia acabar ensangüentando condomínio
Se não tivesse um grão de arroz, no prato do meu filho
Rimando as lágrimas da selva, a guerrilha urbana
Eduardo facção central e total drama
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